MEU DESABAFO
Me taxaram por poeta,
Achei o máximo.
De certa forma eu sou
E talvez eu tenha algum valor
Era a glória total, ou não.
E sem muita direção
Comecei a escrever.
E viva a poesia
Onde eu posso pensar
Onde eu posso atuar
Onde eu tenho liberdade.
Opa, você falou liberdade?
Não, projeto de poeta, não!
Aqui nós temos regras
E eu feito um “égua”
Com cara de paspalho
Imediatamente pensei,c0020
Será que estou enganado?
E as minhas “obras primas”?
Nada, nada disso é poesia!
Me disseram com a voz fria
Os meus ferozes críticos.
Juro que não entendi!
E a minha liberdade poética?
Mas que ideia patética
Que pensamento raso!
Então fechei-me para o mundo
E por alguns segundos pensei:
Nunca mais escreverei.
Como não? Esse é meu jeito
Bem ou mal feito
Assim sou eu
E como eu sei que nunca serei poeta
O que importa quem me interpreta?
Escrevo por prazer e não para lucrar
Então vou continuar a escrever
E quem não quiser ler
Não posso obrigar,
Mas se alguém ler e gostar
Eu vou muito agradecer
Por em minhas “besteiras” acreditar.
JOEL MARINHO