Alma em  frações



 




Por mais que não me falte o que fazer, até mesmo porque não sei ficar sem fazer nada, nem assim o meu juízo se aquieta, ou a falta dele, muitas vezes nem que eu queira ele me deixa colocar os meus pés no chão, parar de viajar nos meus sentimentos e ânsias de futuro.
Quando me dou conta, estou eu querendo voltar aos lugares que significam muito em minha vida, pela beleza e não pela sensação, mas pela liberdade em si... e nessas horas é inevitável não perceber que sou feita de muita saudade, hoje em especial eu senti muita vontade de ir para Canoa Quebrada, vontade de tudo que sempre, vivo intensamente.



O mar revolto, as jangadas, as falésias, as noites de luar, as fogueiras na beira da praia, para aquecer o frio, saudade até da estrada, do movimento da vida, tomara volte logo os tempos da minha liberdade.
Com a intensidade que amo a serra, eu amo o mar, na verdade eu amo a vida seja em qualquer lugar, e onde quer que tenha a natureza, as flores, o céu, é para esses lugares que quero ir correndo. Sempre com as pessoas que eu amo, em meus pensamentos.



A minha alma em frações, está sempre incompleta e dividida, não tenho todos os que amo ao meu redor, por isso essa busca incessante e incansável, mas que no fim é o amor que me completa. 
Nasci aventureira, estar presa, repito me dá agonia, e às vezes por mais que eu tente esquecer das coisas que não posso fazer, penso demais e escrever é muito pouco diante de tudo o que eu quero, do crepúsculo às madrugadas.


 
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 17/05/2021
Código do texto: T7257770
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