Fossa de amor

_Você emagreceu muito.

Estão dizendo por aí que foi dor de amor.

_E', quando me apaixono é assim, a minha entrega é total.

A dor têm sido terrível. Tenho comido o pão que o diabo amassou.

Durmo `as custas de remédio. Minha pressão foi a 20/17.

Vejo tudo cinza, sem alegria, sem cor.

_Viaje. Vá conhecer outros lugares, outras pessoas. Isso pode amenizar o seu desconforto..

_Não sei se seria uma boa. Nada faz sentido.

A ausência dela contrista minha alma, usurpa tudo de mim, meu humor, meu interesse, meu ânimo, meu desprendimento, minha vontade de viver. Me sinto exaurido, arriado, com a autoestima no chão.

E o pior de tudo é que não existe remédio para isso.

_Dizem que para curar um mal de amor só mesmo encontrando um novo amor.

Saia para a noite, se insinua, vá a luta. Ficar por aí, cabisbaixo, não vai ajudar em nada, Reaja, a vida segue em frente.

_Pois é meu. Começar de novo. E' isso.

O problema é aquele ritual de sedução.

Me sinto cansado e, ainda por cima, sou ruim de cantada.

_Mas se você está sofrendo de amor...

_E' um caso antigo. Eu já a conhecia de muitos anos.

Ela sempre foi a minha grande inspiração, mas só descobri isso anos depois.

_Reinvente-se, mude o estilo. Compre um carro novo.

Mude o corte de cabelo, o guarda roupa, sei lá!

Só não desista, Avançar sempre, retroceder, jamais!

_Você está certo.

A solidão enferruja o coração.

Isso não.

Flavio Jose Pereira
Enviado por Flavio Jose Pereira em 04/06/2021
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