Poeira da solidão

Nessa tarde resolvi tirar do tempo algumas horas só para meu deleite, desliguei a internet o telefone, evitei comidas condimentadas eu mesmo fiz uma salada sem fritas... gostei do resultado final

Li as notícias direto no jornal de papel no tradicional, senti falta de ficar de papo pro ar fiz um café, imaginei a minha amada me fazendo cafuné, tranquei o portão que dá para a saída na rua, entrei e deixei as portas da frente e dos fundos, abertas, o vento correndo frouxo levando a poeira da solidão que aperta machuca

Pareci um maluco, cantei dancei confesso de saudade por alguns segundos sem querer chorei, depois da festança solo ... caí no sofá da sala, me vi mais sozinho do que o normal, procurei me expressar tanto fiquei calado a endoidar perdi a fala, dormi até roncar e não é que depois de mais velho inventei de sonhar?

Onde fui um rei muito arrogante e poderoso, rico impetuoso, você era a mais bonita e inteligente rainha ... vivemos uma historia de outras épocas, quando acordei já era noite as luzes todas apagadas, mas como sempre eu sozinho.

O vento havia ido embora varreu toda poeira da solidão, conformado fechei as portas e fui tomar banho queria dormir para voltar a reinar foi em vão, fui parar no papoco do sertão.

Almeida Clementino
Enviado por Almeida Clementino em 18/06/2021
Código do texto: T7281882
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