SÊ TU... /

SÊ TU...

(Carlos Celso Uchôa Cavalcante=18/julho/2021)

Nada mais somos, além do que somos!

A vaidade é mera e fútil;

o amanhã é sempre outro dia, mas virá.

E nós?...

Continuamos sendo os mesmos, a cada novo dia.

Seja uno!

Não há duplicidade em ser;

apenas no ter, que é supérfluo e efêmero.

Pondere que...

quem é paz, não é guerra;

quem é amor, não é ódio;

quem é bem, não é mau;

segue, então, essa linha do ser ou não ser.

O ser nos condiciona a eternizá-lo em nós;

o ter é dissolúvel ao tempo

Na vida, simbólicamente, há uma estrada

as vezes longa, as vezes curta,

através da qual

transportamos nossos desejos e quereres,

mas...

cada um de nós, de sua vida, é o condutor.

Assim...

tenha-os, desejos e quereres, como passageiros

até onde convier e desembarque-os.

Ser o que somos e nada mais que isso,

assim é a vida, sem adorno, sem maquiagem.