Viver de loucuras

Queria eu viver de loucuras, tenho certeza que seria estruturamente menos tensa, seria humanamente mais leve e embriagada de tranquilidade estaria minha alma.

Viver de loucura seria ingnorar tudo que está por vir, é deixar de tentar prevê os acontecimentos e viver do que está acontecendo.

Viver de loucura é permitir falar consigo mesmo, isso mesmo falar sozinho, é chamar seu nome em voz alta e ouvir-se um pouco mais. É cantar no chuveiro sem se preocupar com a melodia ou a afinação. É viver o agora independentemente da hora. É não se apressar, afinal o tempo passa depressa, fugaz não se preocupa com quem vem atrás e a vida é curta demais para não viver as loucuras que nos sartisfaz.

Viver de loucura é largar o certo e o errado, é deixar de se preocupar com a aparência, é se embreagar de essência, é viver à emergência de ser feliz.

É se entregar ao delírio, fugir da sanidade, da seriedade e das certezas. É ter mais delicadesa e acreditar em outras possibilidades.

A loucura movimenta a vida real e sem a qual não há quem sobreviva para contar histórias. É leveza e liberdade diante de quem se é de verdade.

É viver a urgência da felicidade utrapassando a consciência e a razão. É esquecer que tudo é passível de sentido, porque às vezes as coisas são o que são e não precisam de explicação para existirem. É sentir na pele a noção de estar em apuros, porque descobriu de alguma forma que a morte é um perigo iminente a vida e por esse motivo deve viver intensamente na garantia do hoje, porque o amanhã só a Deus pertence.

Então decide fugir da crise de consciência, abre mão da razão para estar em paz e vivenciar sua própria loucura.

Vale lembra que viver de loucuras, não é sinônimo de irresponssabilidade, do contrário é a representação da responsabilidade de garantir sua própria felicidade.

Vida longa aos que vivem de loucuras, pois eles viverão a concretude do ser.

Driely xavier
Enviado por Driely xavier em 28/07/2021
Reeditado em 25/09/2021
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