O quê você vai fazer?
Um dia seremos um quadro apagado, um quadro negro, ou verde, em branco, quadro sem palavras.
Se as palavras são a vida do quadro, são o ar que ele respira, o quadro precisa das letrinhas. São suas amigas, companheiras por alguns instantes, muito rápidos às vezes, é verdade.
Mas ele gosta que elas estejam junto dele, coladinhas nele, o maior espaço de tempo possível.
Como disse, repito, o quadro existe para as letras, assim como as letras existem também para ele.
E o quadro não vive sem giz. As letras nascem dele.
Então, a vida é o quadro da gente? Por vezes, um quadro sem muita beleza, mas ela, a vida, não reclama; segue adiante. E nós também somos as palavras que a vida exige. Somos a atitude, ação, o novo. Ou talvez o velho, o acabado, sem esperança.
A vida, como o quadro negro, nos deixa à vontade. A gente é que escolhe se quer ser feliz ou não.
De nada vai adiantar ficar se lamentado. Afirmando que um dia, mais cedo ou mais tarde, seremos um quadro apagado.
Por que não continuarmos a escrever o nosso livro como se ele jamais nos faltasse com uma página?
As palavras estão aí para isso.
Siga escrevendo. Isso. Chame as letrinhas para o seu quadro, e jamais faça uso do objeto oposto à vida, isso mesmo, aquele que deleta palavras: o apagador.
Ele só quer fazer com que você não sobreviva, com que você saia da frente dele e não apareça nunca mais.
Você vai deixar que ele faça isso?
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* Reedição
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Interacão do poeta Marques Bueno. Abraço fraterno.
Somos quadros e somos gizes.
Escrevemos e somos escritos.
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Interações do caro Poeta Olavo, Gratidão, amigo!
"A minha vida vai mais além
E nunca terá um fim
Enquanto existir alguém
Que lembre um pouco de mim."
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O quadro negro poderá
escurecer a minha vida,
mas nunca a minha escrita."
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Interação do querido amigo, poeta Francisco de Assis Góis. Abraço fraterno.
E nessa escrita da vida,
Uso lápis, sangue ou giz,
Para sempre dar guarida,
Ao que a poesia nos diz.
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Interação da poetisa Iêda Chaves Freitas. Abraço afetuoso.
Escrevo minha história
Nesse quadro preto e branco
Celebro minha vitória
registro nas folhas em branco.
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Interação da querida poetisa Sandra Laurita. Gratidão, amiga!
Num quadro, numa lousa
Estou sempre escrevendo
A vida é pra quem ousa
Fazer dela seu adendo
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