Foram meses intermináveis.As noites arrastavam se lentamente,
os dias eram escuros ou nublados.
Vi um emaranhado de caminhos,e não sabia onde iriam dar.
Qual era o melhor?Para onde me levaria?
Porque se apresentavam assim?sem começo...sem fim?
Os espinhos e pedras ladeavam cada um deles!
Mais era preciso escolher.Afinal, a vida não pára prá você passar.
Como é difícil!
Nossas histórias de vida nos levam por caminhos nem sempre escolhidos,
ás vezes tortos...sinuosos mais que precisam ser trilhados.
É difícil admitir nossas pequenas e grandes falhas.
É difícil admitir que somos frágeis...que precisamos, 
de maior suporte emocional  quando todos a nossa volta nos vêem
como pessoas fortes e equilibradas.
No entanto, todo carvalho por mais forte e resistente que seja,
um dia encontra um lenhador disposto a cortá-lo,
disposto a expor sua fragilidade dúvidas e incertezas.
Assim,senti a dor rasgar minha pele,encharcando-a de suor e lágrima.
Minha única proteção adquirida durante anos foi arrancada . A  pele,
essa ficou  desnuda ,sobrou-me a carne vermelha e viva,
nos olhos a ardência e o sangue jorrando quente.
Mas...todo processo de cura é doloroso.
Minha alma em suas inúmeras migrações precisava fortalecer-se.
Alguns precisam recuperar-se de doenças físicas,outros de doenças mentais e,
a grande maioria de doenças espirituais.
Eu precisava curar-me de uma espécie de vazio...vácuo.
Solidão acompanhada ou acompanhada de solidão.Como queira!
O fato é que sempre vivi em busca de algo.Precisava sentir -me amada,tocada.
Mais do que isso...ENERGIAS ESSENCIAIS.
Como pode alguém com uma vida estabelecida,filhos e marido sentir -se assim?
Sempre me destaquei no trabalho,nos prohetos,nos estudos.
Mais me sentia assim  desprovida dos minímos necessários para menter-me em equilibrio.
Eu precisava acordar deste pesadelo!
Acordei!!!
Estou a recomeçar...
Que se danem os que se sentem incomodados com isso.
Que se exploda todas as maldades e mentiras lançadas sobre meus ombros.
São seres rasteiros que insistem em se colocar em meu caminhar.
Despojo-me pouco a pouco do velho,
Coloquei àlcool iodado nas feridas,
Perdoei minha falta de tato e daqueles que me rodeiam,
Superei ausências sem par,
No fundo do fosso cavei minhas forças.
Forças esquecidas ou perdidas nos caminhos por onde andei.
Agora quem volta é minha alma.
Cônscia de si!

lisbella
Enviado por lisbella em 18/11/2005
Código do texto: T73211