A dualidade do amor

Sempre procuro “compreender” o comportamento humano, apesar de ter consciência de sua complexidade. Há pessoas que se dizem carentes, mas, não são capazes de distribuir sequer um sorriso. Pessoas que se queixam de solidão, mas quando se percebem amadas, queridas, desejadas, assustam-se com o fantasma da perda de privacidade e, se afastam, assim como se aproximaram. Nem mesmo se importam com o sentimento que despertam.
Outras, que se dizem não amadas, mas, nunca se dispuseram a sair de si mesmas.
Muitas vezes, não se amam, nem se permitem viver, errar, derramar lágrimas de alegria e de tristeza, consideram-se donos de seus próprios sentimentos, porque têm um medo imaginário, um “preconceito” de que amar é sinônimo de sofrer. Até mesmo o sofrimento é uma forma de Amor! Sofrendo nos fragilizamos, nos tornamos mais sensíveis e aptos à percepção de todas as nossas emoções. Compreendemos que, se desejamos o amor precisamos oferecer possibilidades.