Um pequeno texto

A tristeza congela meu peito. Sinto que estou no processo de luto, porém, ninguém faleceu. Na verdade, sim, faleceu. Algo dentro de meu coração se quebrou, algo em minha alma partiu, ou seja, morreu. Essa tristeza tirou - me tudo, aos poucos. Cresceu mais e mais. O combate foi árduo, creio que perdi. Perdi não só a luta, perdi também a visão. Sim, a visão. Antes eu olhava o céu e via estrelas, via esperança, via a lua, via o universo, porém, hoje, vejo apenas nuvens. Donde está a esperança que antes me enchia a alma? Ai, como dói lembrar o passado.

Dói a alma, dói o corpo. O que há? Por que não consigo ter um pingo de esperança? A vida, no canto do quarto, ri. Ah, que saudade da infância onde a inocência me dava alegria.

Lutas e mais lutas. Quanto cansaço e dor. Por que ainda insisto?

A tristeza congela meu peito. Faz - me querer sumir. Sempre tento não cultivar tal sentimento, porém quando anoitece, ela chega. Queria ter um jeito de não deixa - la entrar, mas ela entra e bagunça tudo.

Agora, só sinto uma coisa: a tão conhecida vontade de desaparecer. Sim, sim. Claro, às vezes tento me convencer de que esse não é o melhor caminho, não é a melhor escolha, no entanto, minha mente grita e me bombardeia dizendo que é, apresentando - me provas e eu acabo acreditando.

Estou enlouquecendo? Talvez. Por que? Essa é a pergunta que não acho resposta: por que? Por que tanta dor? Por que tanta tristeza? Há quem diga que estou cultivando isso, mas, sempre tento me manter animado, sempre tento ajudar. Planto coisas boas e acabo colhendo a tristeza? Ah, quem me dera ter uma resposta.

Kevin