Um dia 22 qualquer

Maringá, 22 de setembro de 2021

Mais um dia 22. Hoje seria mais um nosso dia se ele não tivesse perdido esse título há 20 dias.

Ou talvez há 629 dias que foi o início do fim da nossa vida - como diria uma conversa de botas batidas. Pois, se temos apenas um grande amor na vida e você foi/é (nunca sei qual tempo verbal usar com você) o meu... sigo em luto¹. Essa parte de mim morreu. A parte de mim estando com você acabou.

Bom, se temos apenas um grande amor na vida, espero que possamos viver várias vidas dentro desta.

Mais um dia 22. Hoje seria mais um nosso dia se ele não tivesse perdido esse título há 1.523 dias - se você for contar tudo, desde o início, como uma mentira. Ainda seria um título se assim como em Eternal Sunshine of the Spotless Mind eu te apagasse de mim? Se eu te apagasse de mim: quem então agora nós seríamos?

São 1.523 dias: três vezes mais que 500 Days With Summer. E dói, e arde, assim como um sol de verão queimando toda a minha pele. A nossa pele na Joaquina no dia 30/12/2020 – será que foi esse o nosso fim?

Eu sei que após verão vem o outono, mas hoje, nesse dia 22 qualquer, começa a primavera - e eu o encaro como o começo de um novo ciclo: plantando sementes e regando o jardim, aguardo florescer...

os frutos virão depois.

Fica bem

Do nosso amor a gente que sabe, pequena

P.S.1.: Você me perguntou se ainda penso na gente, aqui está sua resposta.

P.S.2.: E sim, eu acredito em várias vidas e em momentos diferentes delas.

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¹ Sigo em luto porque dói como um luto: a dor é lenta, dolorosa, vem um vazio seguido de uma tristeza profunda e tenho a necessidade de afastamento de toda e qualquer atividade que esteja ligada a pensamentos que me rementem a você: FREUD et al. (1915) diria que é luto.

Lola S
Enviado por Lola S em 22/09/2021
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