Na beira do São Francisco

Minha cabeça tá girando, gira, gira, em Giral dos Ponciano
Os neurônios se partindo na beira do São Francisco
Não tenho mais referência, o real me escapa, sigo maltrapilho
Metafísica patafísica  meu multiverso se estrapola
Um jumento no relento e três cabras na degola
Cansado de dilemas, vejo num grão de areia, um átomo invisível
Me perco na relva de algibeira
pupila dilatada desatino
sem saídas ainda assim abro um sorriso nesse canto esquecido
Contemplo arribaçãs em meio a galhos retorcidos
A imaginação me enebria e me toma os sentidos
O coração vermelho balão bombeia o fluxo sanguíneo
(Injeta ânsias, sou um ser sem paz de alma corrompida)
Mergulhado em pensamentos na beira do velho chico
Observo ao relento a vida que me amola
Lançado na sarça ardente e condenado ao abismo
Labareda
Enviado por Labareda em 13/11/2007
Reeditado em 15/10/2019
Código do texto: T734899
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.