Se ela tocar a campainha

Eu tinha certeza de que era ela me olhando...
Sondando...
Rondando e querendo entrar...
Ansiosamente procurando a porta...

Mas de repente o silêncio se fez...
Cresceu.
Ninguém tocou a campainha...
E acalmou-se a aorta.
Era só um vento que passava...
Já não importa.

Quem sabe ela volta noutra hora mais auspícia.
Casa limpa, arejada, porta aberta e mesa posta.
À felicidade propícia.

Talvez até a minha alma esteja mais disposta
e ela sem pressa de ir embora...

Afinal, todo bom vinho carece de maturidade...
E saborear uma boa safra o espírito revigora...
Aquece, acende...
Traz tranquilidade.

Tudo em volta se ilumina.
O sorriso abre...
Cresce.
E ao coração poeta, levemente embriagado,
surpreende...
Enternece.

E então, se a vontade determina,
a convido a se sentar...
Talvez ela se renda...
E, dessa vez não se arrependa,

venha pra ficar...

Adriribeiro/@adri.poesias

Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 16/10/2021
Reeditado em 25/10/2021
Código do texto: T7365069
Classificação de conteúdo: seguro
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