Propositadamente! Ou não?!...

Sei bem que muita gente pelaí não simpatizam muito com esta minha mania constante de escrever na primeira pessoa do discurso...

...Assim, querem por que querem ver-me afastado dos meus próprios textos, até mesmo da assinatura, muito provavelmente devido ao meu complemento nominal: O Arrazoador poético. Mais provavelmente ainda, por alguns "comerem" a vogal central "o" do termo arrazoador, assim lendo e entendendo como sendo "arrazador" em lugar do termo correto, isso que nem em soberbos pesadelos eu gostaria de ser.

Aliás, qual mesmo seria o significado correto de "Arrazoador"?!...

Tais críticos eventuais nem ao menos suspeitam que na primeira pessoa incluindo-me nos meus próprios textos, assim o faço justamente para evitar ferir susceptibilidades à flor da pele; quiçá ainda evitando vir a ferir perfis psicológicos mais predispostos às pequenas intrigas virtuais, dado este meu nem sempre simpático mote arraz"O"ador, isto é, provocador de arrazoados e questionamentos íntimos, familiares, políticos e sociais...

Enfim, meu propósito outro não é, que tentar provocar os meus leitores a pensarem, refletirem e até mesmo meditarem neste ou naquele tema abordado circunstancialmente. Sei que isto tudo poderia não passar de mais um sonho meu - ou mera utopia, mas aqui imaginemos minha felicidade, acaso alguém chegasse a tomar uma ou outra atitude proativa a partir de um texto meu.

Ufa!

Confesso que também já pensei naquela primeira hipótese; se não a adoto, é porque sei de antemão dos seus possíveis nefastos resultados ao prosear diretamente na segunda e terceira pessoas do discurso, então em termos da quase sempre necessária identificação de protagonistas e personagens; sem esquecer os devidos papéis cruzados vividos nas quase vivas cenas entre o autor, a trama e os nem sempre simpáticos, mas fundamentalmente necessários e atentos leitores.

Sendo assim, sem quaisquer resquícios de malevolidade, decidi deixar tal indigesta missão literária para os meus ainda desconhecidos futuros editores.

Isso, caso meus críticos familiares não decidam jogar minha pequena obra literária assimmeioassim autodidata no lixo, como eu mesmo já assim o fiz naquela nem um pouco saudosa ocasião, logo ao me desligar da empresa onde escrevi aqueles meus sete contos componentes da faina "Tititi Metalúrgico", quando, num destempero ocasional, deitei fora treze volumes originais meus de cerca de cento e oitenta páginas cada.

Lembrando ainda que aqueles meus treze originais, todos recheados, cobertos e recobertos de divertidíssimas crônicas criadas ali mesmo no cotidiano metalúrgico, preservando minhas peculiares expressões poéticas eu mesmo os havia editado nas devidas pessoas do discurso, diagramado, e quase contratado pessoalmente sua publicação escalonada logo após o lançamento do meu livro poético "Pensamentos Alados", na Feira do Poeta, no Largo da Ordem, Centro Histórico de Curitiba, o qual financiei do próprio bolso e doei boa parte dos exemplares aos Farois do Saber, enquanto a minha empresa de então, a Robert Bosch Limitada, ofereceu aos presentes o requintado cardápio dos alegres festejos comemorativos ao seu lançamento.

#ArmenizMüller.

...OPoetinhaFeliz.