Deambulando.
Caminho sereno entre a realidade e a utopia,
Vagando num acesso que dá em outra estrada,
Venço as ações que surgem em cada novo dia,
Paro onde a minha alma descobre uma morada,
Vou e volto sem deixar direção na despedida,
Apenas o abraço que ninguém mais esquece,
O despertar em cada nova aurora renascida,
E o beijo fraterno que todo o vivente merece,
Sigo brando na busca do abrigo a um pranto,
Enaltecendo os brados que falam de amores,
Recolhendo alegrias desde a hora que levanto,
Disperso em pensamentos sem falsos pudores,
Endosso meu existir no improviso desta fase,
Com uma admirável e esperançosa confiança,
Na transformação de ilusões como sendo base,
Penetrando no além à medida que a vida avança,
Eis que um dia ao meu retorno estarei atento,
Juntando as atrações que apanhei no caminho,
Render-me-ei aos frutos do meu pensamento,
Unir-te-ei aos sonhos e não sairei mais sozinho!