Cogitações.

Quando as noites se pronunciam tão belas,

Deixando para trás acumuladas amarguras,

Sinto o sopro dos ventos impelindo as velas,

Recompondo aos poucos todas as aventuras,

Quando o anoitecer se achega batendo asas,

Costeando a lua que desponta no horizonte,

Sinto minhas ambições arderem em brasas,

E o ardor agitado brotando na água da fonte,

Quando o ocaso me guia em tosco rascunho,

Explorando os avessos da saudade distante,

Expresso a vida com carta de próprio punho,

Buscando a remissão neste errar constante,

Quando o por do sol se debruça em magia,

E os seres no retorno ao lar enlouquecem,

Traduzo da mente vocábulos de harmonia,

E abraço as palavras que a vida enaltecem,

E assim improviso em tempo intermitente,

Nesta hora em que me reconheço pequeno,

Redijo as expressões que voam livremente,

Enquanto descanso em meu recanto sereno!

Amaro Larroza
Enviado por Amaro Larroza em 20/11/2021
Código do texto: T7389584
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