Um tanto quanto desfocada.

Ela andava ora atenta, ora distraída.

De bem perto tudo parecia correto mas de longe…

As pessoas , objetos e cores se modificavam.

Ela parecia mais estranha ainda.

Queria ver a lua no seu formato mas só enxergava um borrão e aí jurava que via o dragão azul soltando fogo.

Deveria ver só o movimento das folhas das árvores quando o vento soprava forte mas via cabeleiras de menina correndo, elefantes dançando…

Aí essa menina estranha que conversava com amigos que viviam na sua cabeça.

Que vivia com o rosto colado nos livros.

Que tropeçava nós próprios pés.

Que levantava rápido e ria de si mesma escondendo o choro.

Na confusão de cores e formas aprendeu ser ela mesma.