superei ii (não era amor, era medo de crescer)
A oitava estação sempre teve fama de traiçoeira, entretanto, daquela vez o frio na barriga não representava uma paixonite adolescente ganhando forças dentro do peito, mas uma vontade antagônica à falsa ilusão acalentada pelo ego.
Voltar para aquele lugar nunca foi garantia de recuperar aquilo que o tempo levou embora por necessidade.
Enquanto desfrutava daquele verão antecipado, vislumbrava a nova versão de si mesma, a mulher que despontava, regenerada, disposta a olhar para frente, que embora cometesse outros erros, não mais desejava ferir-se à procura de porquês que nunca lhe dariam a paz que buscava.
As lágrimas derrubadas faziam parte do processo de limpeza que a permitiria dar o ponto final naquela história que ganhou uma dispensável continuação.