A casa de bronze

Enquanto, estavas distantes,

resguardado em vosso esconderijo,

Vistes o dia tal como um filete de dores

E a noite um emaranhado arrame de agonia.

O vento raivoso destilou

Toda a indignação acima de tua cabeça!

E os pássaros, fugiram medrosos

Longa da árvore de teu extenso quintal!

Procure a casa e tão somente tua

Deixa-te de procurar em vão

O tempo corre velozmente

Não fique congelado nem sem coração

Avista a morada em que nascestes

Repousou, riu, chorou e continua a sonhar

Esses mesmo pés que pararam o caminho,

Podem continuar a percorrer longas estradas

Basta que se empenhe nessa busca

Sem perder a aventura

Com coragem e ternura

Embora, seja pesado o viver!

Lorena Borba
Enviado por Lorena Borba em 14/12/2021
Código do texto: T7406954
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