Caixeiro Viajante

 

Quarto a meia luz, histórias.

Escadas que antecedem as horas,

Uma campanhia surda.

Olhar que espera  a fechadura.

 

Mãos na boca, garganta seca,

Um coração palpitando.

Suor, paixão, cerveja.

No brilho fugas olhos de lamparina

Que correm soltos pelas linhas corpórea.

 

Pensamentos que vagueiam agora

Mapeam os sentidos de um velho viajante

Que partiu na aurora dobrando a esquina.

Em passos largos se foi sem pensar na volta.