Vil banalização

Interesses mútuo,

Desfechos próprio.

O desvendar de uma velha era,

Não causam mais o fervor,

Antigos anseios.

De uma humanidade permissiva,

Beirando ao trágico fim.

Sem alguma conexão,

Desfazendo os elos –

Estendendo paralelos.

A interação mecânica,

Arredios em supremacia.

Imperando o medo,

Infeliz desorganização.

Cada um por si,

Em seus estados lastimáveis –

Em vida – A putrefação.

Dia após dia,

Os sentimentos mesquinhos.

A total banalização,

E nenhum aconchego ou carinho.

Uma luta constante pela sobrevivência,

O Estado – As suas ferramentas – Os fuzis.

Pessoas largadas ao Deus dará,

Abordadas na favelas, entre becos e vielas,

Nenhuma infra estrutura,

Um desespero na forma mais sutil –

Tombado mais uma vítima,

Dessa vez um pai de família.

Apenas mais um número –

Vil estatística.

Governo amaldiçoado,

Promove o caos.

Super-manufaturadas as contas,

Quem é que paga essa fatura?

Um racismo desde o início forjado,

Sentido na carne, cortando a alma.

Para abastecerem cofres,

Cada vez mais abarrotados.

Residentes da periferia ou não,

Moradores de ruas em contraste com a zona sul.

Tratados e tidos como descartáveis,

Para os governantes de plantão –

Em suas condições, nada rentáveis.

Uma Pátria idolatrada,

Municiada com o seu império.

Para quem?

Um povo desumanizado,

No fim das contas –

Os escravizados.

Sem casa, saúde, educação e trabalho –

Em pleno século XXI –

“A ponta do chicote”,

Triste realidade –

Realizando os seus estragos.

***

Blog Poesia translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 23/12/2021
Reeditado em 23/12/2021
Código do texto: T7413580
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