Há muito tempo atrás
nós nos amávamos.
O cotidiano nos fez forasteiros,
um do outro,
o suficiente para que fique
entre nós ,
e não se dissipe,
o enigmático verso que diz tudo,
tudo que é nada.
Minh’alma se recolhe ,
acabrunhada
pois não foi alimentada,
nas entrelinhas do sutil.
(O encontro marcado
jamais existiu.)
Vivos ,dois pontos de luz,
se manteem no meu coração:
os filhos que gerei.
Restam no celeiro a ressarcir
prodigalidade no estoque de amor,
sem preço vil.
E... inumeras perguntas,
sem respostas extasiantes,
e...inúteis exclamações...
no meu perfil!