Há muito tempo atrás

nós nos amávamos.

O cotidiano nos fez forasteiros,

um do outro,

o suficiente para que fique

entre nós ,

e não se dissipe,

o enigmático verso que diz tudo,

tudo que é nada.

 

Minh’alma se recolhe ,

acabrunhada

pois não foi alimentada,

 nas entrelinhas do sutil.

(O encontro marcado

 jamais existiu.)

 

 

Vivos ,dois pontos de luz,

se manteem  no meu coração:

os filhos que gerei.

 

Restam no celeiro  a ressarcir

prodigalidade no  estoque de amor,

sem preço vil.

E... inumeras perguntas,

sem respostas  extasiantes,

e...inúteis exclamações...

no meu perfil!

 

 

 

 

Diumira Pierini
Enviado por Diumira Pierini em 17/11/2007
Código do texto: T741434