Ausência
Ausentou-se sem pedir licença.
Sem dizer que ia embora.
De repente já estava fora.
Embriagou-se de verdades.
E aos poucos foi fechando as brechas,
Os espaços.
Cessaram os abraços e a delicadeza,
A partilha e os encontros.
E aos poucos foi perdendo a sintonia.
Não se importava mais.
Foi deixando claro.
Aumentou a distância
E se manteve em paz.
Como se nada tivesse existido.
De um jeito diferente
Se manteve contente
E vísivel pelas lentes.
A ausência está presente.
E não tem explicação.
É só algo latente.
No peito da gente.