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Uma prosa de amor para a Poesia!

 

Hoje... Agora, eu necessitava, eu carecia fazer-te um poema!

Mas que não pode ser apenas, mais um...Tem que ser poema, além de belo, especial!

Com todos os motes que você me dá sem que peça, todos os santos e belos dias.

Todos os mais virtuosos e maravilhosos, dedicados e impelidos, ao amor e ao amar!

Mas como...? Se todos os meus são reconhecidamente dedicados para você e são tão iguais!

De feitios e motivos afins, aproximados, apaixonantes e que até sinto-os e gosto de todos eles,

Mas que me são reincidentes, repetíveis e congruentes, todos sem exceção!

Não demora é noitinha, mas que incoerência a minha, pois já está em muito, adiantada a hora e não demora

(e nesse adiantado da hora, eu sem nenhum verso feito, tampouco poema algum, pronto ou rabiscado

virá o galo anunciar que novo dia se prenuncia e como sabemos, este nunca falha, pós madrugadas!

Principia em mim, a bater um desespero descomunal, incontrolável, mas previsível...

Começando, a só enxergar e amontoar, mais e mais..., vários papéis amassados pelos cantos e caminhos!

Corpo pesando, espetando, inteirinho doendo e em frangalhos, leseira, sono e uma agonia, num desalento total.

E foi numa dessas pescadas ridículas e copiosas que confesso, ter me desiquilibrado e caído da cadeira!

Me convencendo naquele dito instante, batendo com a cabeça na quina da mesa,

que não podia mais brigar comigo e nem com a natureza, pois nada sairia..., nada mesmo, e fui então dormir!

Foi a melhor coisa que fiz..., porque naquelas alturas, pela ação impiedosa da finitude humana

Se manifestava no meu cerne, de uma forma acachapante e avassaladora, arrastando-me em restos, até a cama!

Me fazendo de imediato calar de uma vez em dormência, meu nervoso e angústia!

E num sono profundo, relaxamento necessário e paz, muita paz, eu cerrei meus olhos, e...apaguei!

Nesse estado de quase morte, sonhos certos me touxeram, o que tanto precisava e procurava...

Me vieram dia e sol, noite e lua, ventos e chuvas, a querer participar, ditar e delinear meu, "seu" perseguido poema...

Pelo dia e pelo sol, me possibilitou viajar cortando nuvens, sobrevoar campos floridos, colhendo as mais lindas pra você!

... andar e a correr, subir e a descer desfiladeiros montanhosos e fondosas árvores...

A noite, doce e maternal trouxe consigo toda sua sabedoria e leveza, o clarão prateado da lua cheia

reascendeu-se pois um novo amor, com mais paixão, mirados e refletidos pela orla do mar.

Os ventos zoantes e tranquilizantes, propuseram brincar comigo, apontando-me direções...

...refrescaram-me, avivando e ativando minha mente, cansada, esgualepada e vazia, e até acho que voei, acreditem...

Mas foi com a repetição dos pingos caídos da chuva fria, que lembrei de você e com você na mente,

Acordei transformado, chorando um oceano de saudades...

E era tanta saudade, que nem tinha sequer clareado o mesmo dia e sem que eu percebesse,

O seu poema prometido, buscado, impenhado e idealizado para ser-te doado, alí já estava feito!

 

POESIA...

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SERRA GERAL
Enviado por SERRA GERAL em 09/01/2022
Reeditado em 09/01/2022
Código do texto: T7425238
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