Feira literária dominical

Separa a pilha de gibi, os pilas escassos para o ingresso e o espírito para a iluminada tarde do domingo no Alvorada. Explico, por claro que no escuro precisamos nos comportar. Alvorada era o nome do cinema, tinha gente que chamava de cinema novo. Gosto e gostava de Alvorada. Tinha o cinema velho, porquanto, o cine e teatro Gaúcho, famoso por suas ratazanas líricas e as pulgas performáticas, protagonistas por lá. No matiné do domingo à tarde, no Alvorada, chegava-se cedinho para o escambo. Um Tex por dois Pato Donalds, justo, uma Epopeia Tri por um Almanaque Disney, um Homem-Aranha por um Mandrake. Tudo cabia nas transações mútuas revestidas de feira de gibi na avenida independência em frente do Alvorada aos domingos da meia hora até a uma e meia da tarde, uma e meia começava a sessão, aí o papo era outro.