Lágrimas da Lua

Da gota de orvalho

que rolou pela folha,

pouca coisa restou...

Mas, a ela, se juntaram mais e mais gotas:

Lágrimas da Lua.

E, juntas, elas formaram um sentimento.

Superficial, talvez,

mas belo.

E uniram-se às gotas

que brincavam no riacho.

Suor da terra boa.

E se sentiram atraídas,

num laço profundo.

E nasceu uma paixão.

Paixão que dói fundo,

mas, não é eterna.

E o riacho correu até o rio.

E os dois se entrelaçaram,

como tivessem se conhecido

a vida inteira.

Fonte de vida na natureza.

E perceberam que algo havia nascido,

e estava crescendo, dentro deles.

E reconheceram isso,

e acharam belo,

aquele amor ingênuo

e desinteressado.

Mas, como tudo que existe no mundo,

atinge o seu auge na vida,

assim o rio juntou-se ao mar.

E abraçaram-se com carinho,

tornando-se um só:

Senhor, rei de tudo o que há.

E sentiu-se algo tão maravilhoso.

E sussurraram-se tantos segredos nús.

E conheceu-se o amor maior.

Que habitou constantemente,

em seu interior.

Pra’ nunca mais acabar...

[810308]