NA TEMPESTADO SURPRESA.

Na tempestade surpresa,

eu tive que pular miúdo,

tentei salvar mas não pude,

os meus bens materiais,

a natureza voraz,

invadiu a minha vida,

me abriu novas feridas,

judiou-me um tanto mais.

mas algo me disse rapaz,

aquiete os teus desalentos,

a vida é como um vento,

seus rumos mudam demais,

pensando neste conselho,

deitei no meu chão batido,

encostei bem o ouvido,

para assuntar o meu Deus.

e logo tive a resposta,

ele disse o que tu gostas,

não vai te dar a coroa,

pois os desejos carnais,

fazem de ti um animal,

sem direito ao intelecto,

te priva do raciocínio,

te equipara a um dejeto,

depois deste entendimento,

minha vida tomou rumo,

e hoje eu me resumo,

as vestimentas do corpo,

para cobrir minhas vergonhas,

pois diferente da cegonha,

o povo sente um desconforto,

se exibir o meu patrimônio.

MJ.