Folgar
Preciso
dar folga a meu Anjo
da
Guarda, mas medo
tenho dum desarranjo estando só.
Atados em nó, Eu e o Anjo,
sê fico só, viro do avesso e até estremeço, Anjo,
só de um pensar.
Preciso
dar folga a mim, Anjo;
dê
Guarda, pois medo
tenho, mas, num arranjo, juntos, oh, Eu e o Anjo,
vou em tuas asas, visito tua casa e acaso, contigo,
possa morar, a folga é espaço num mesmo espaço,
que, atados em nó, Eu e o Anjo,
haja espaço para, o nosso nó,
folgar.