O velho tempo e eu

Não pergunte às flores coisas sobre minha vida.

Pergunte às cartas mau escritas de um ébrio chamado tempo.

Elas te contarão sobre as minhas outras cento e cinquenta e oito vidas.

Minhas torpezas e fraquezas.

Mas, também, sobre meus heroísmos.

Elas narram minhas tristezas e meus motivos.

Minhas companheiras e companhias. Todas elas fantasmas devedoras.

São relatos de uma alma sequiosa por desejos infames.

O velho me ensinou... Mesmo sendo um bêbado, o tempo me ensinou o segredo da felicidade.

E se o encontrar por aí, que ele apresente suas vidas.

Talvez sejam menos empoeiradas do que as minhas.

Sandro R C Costa

Sandro Costa
Enviado por Sandro Costa em 20/03/2022
Código do texto: T7476621
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