Senhor do Tempo!

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Muito antes do suscitar, preceder meu existir

Bem antes do meu “ser” pensar

Em pensar ser, novo SER

Antes até do prenunciar, de um novo amanhecer

Tu já vinhas num trem, ligeiro, decidido e a todo vapor!

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Quando eu somente hospedeiro, disforme incerto

Quando somente em espírito, pelo limbo pairava

Quando tão somente um sopro de brisa, soprava

Tu já eras, incansável e impávido passageiro!

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Depois que rebentado como broto em vida

Depois de há muito ser, merecido, prometido e planejado

Depois mesmo que fui virando, tornando-me pó do passado

Tu, incansavelmente seguia, sem esmorecer, sem cessar...sem voltar!

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Pois fui eu ter contigo, nos momentos idos

Pois precisava te rever, mais...só mais, um pouquinho

Pois na esperança, quem sabe, uns míseros minutinhos

Te procurei...te procurei e procurei...

Mas tu...tu já não estavas mais lá!

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Então fui me queixar com a rosa, a senhora de todos os ventos

Então Deus no Seu Supremo Poder,

Mostrou-me tua força, gana, persistência e sina

Então por desprendimento e arrependimento meu,

Te vi veloz, sem olhar para trás, dobrar esquinas

Aí pude enfim perceber que era eu um nada,

Injusto, inábil e incapaz

E tu, o Senhor Implacável dos TEMPOS!

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EFLÚVIO DE ARREBOL
Enviado por EFLÚVIO DE ARREBOL em 29/04/2022
Reeditado em 29/04/2022
Código do texto: T7505547
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