Estado sem limite

Um olhar atento –

Olhos bem abertos,

No meio de sentimentos –

O deserto.

Uma busca implacável,

Pelo impossível.

Se sobreviveremos ao caos,

Um tanto quanto inacessível.

Castelos construídos na imaginação,

Desmoronando com a ilusão.

Imperfeições em meio aos sonhos,

Pedras e mais pedras.

No caminho –

Também existem os espinhos.

Invisíveis neste jogo de poder,

Cartas marcadas –

Almas vendidas –

Outras tantas destroçadas,

Em um duelo nefasto de prazer.

As peças se mexendo à revelia,

A injustiça mostrando a sua cara –

Sempre mais debochada.

A nossa na mídia – Esbofeteadas,

Uma vergonha nacional.

Passando vergonha,

Para qualquer gringo ver.

Destroçado o patriotismo,

Um vil realismo.

As cores da bandeira,

Perdendo todo o seu significado.

A Pátria se escondendo –

Modo aleatório.

À olhos nus ressurgindo cruel Estado,

A justiça deixada de escanteio.

A moda se transfigurando –

Moderno coronealismo.

Em pleno século XXI,

Onde a banalidade toma conta –

Feito erva daninha.

Olho por olho,

A base da bala – Voando solta –

Sem o menor resquício de discernimento.

Dessa maneira,

Não sabemos aonde vamos parar.

Pregando –

Realizando a extinção em massa.

Gradativamente nos perdendo,

Sem o menor consenso.

O bandidismo em todas as esferas,

Não há mais a linha invisível –

Entre o Estado e o poder paralelo,

Misturam-se!

Em quem devemos confiar?

Entregues ao Deus dará,

Fomentado sem nenhuma condição.

O simples –

O menos importante.

Vivemos perplexos,

Sobrevivemos à mercê da violência.

Em nossa porta batendo a intolerância,

Um governo visivelmente desmontado.

Onde o pobre não mais pouco a pouco,

Mas em ritmo acelerado –

Vai perdendo os seus direitos.

Aumentando mais os deveres,

Principalmente, subjugados.

A cada dia alimentando a fome –

Por impostos.

Saúde, educação e dignidade,

Deixados de lado.

Corpos vilipendiados –

Jogados de um lado para o outro,

Sem alguma condição.

Indiferente Estado,

Não cuida de quem precisa.

Saciando a sua gula –

Por injustiça.

Devorando quem ultrapassa os limites,

Atos infundados.

Aguardando alguém –

Ou uma força maior –

Que os delimite.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 10/05/2022
Código do texto: T7513023
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