Apócrifos de Mim...

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Certo, que não bastará só parecer ser...

Fazendo-se o costumeiro, o pedido e o habitual

... o absoluto, perfazendo apenas o casual

Devo sim, é ser verdadeiro, sem afãs

Que não sejam mentiras, no máximo, devaneios...

E se necessário repensar, repensar, reproduzindo-os

Pra não se render ao fatídico, amargo e rotineiro...

Inovando, pra fugir da mesmice e do trivial

...à dogmas estéreis e de tantas doutrinas, vãs!

 

Se tanto falo da beleza e do perfume das flores

Mesmo, sem cultivar e ver florir, um jardim

Mesmo, sem plantar um ramo de mato, sequer

E se falo de apegos afeitos, afetos e ternos amores

Sem mesmo, um dia ter sido de fato, amado e desejado

Sem ter o prazer sublime, do amor de uma mulher

Na minha reconhecida languidez e na minha emoção

Sinto-os de coração, tudo isso abrolhando em mim!

 

Se enlevo a natureza, seus pássaros e borboletas

Mesmo jazendo numa selva, selvagem e de pedras

Mesmo sem sentir carícias, nas mãos e nos pés...

Pelo frescor serenado, nas constantes madrugadas

Ainda assim, falarei dos encantos que não vivi

De todas as maravilhas naturais, de ouvir

De todos os sonhos e quimeras lidos, que sonhei

De toda forma de amar e de ser amado, que imaginei

Porque, hei de ser, continuar a viver, pós morrer...

Sendo e perfazendo de meus textos,  "Apócrifos de Mim"!

 

EFLÚVIO DE ARREBOL
Enviado por EFLÚVIO DE ARREBOL em 27/05/2022
Código do texto: T7525133
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