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Fim de um ciclo,

começo de outro...

 

Fazem menos que um ciclo completo de quatro luas, onde preferi e decidi ser, daquele dito momento em diante, um pouquinho mais de tudo, daquele nada que até agora, eu ainda nem vivi.

Vou querer me proteger melhor da aragem fria e rigorosa dos próximos, quem sabe, dos meus últimos invernos...

Aí, com certeza vou viver em pleno regozijo, à sentir mais meu “eu” me chamar, ...mais prazer e calor, me aquentar.

Vou fazer escorrer em mim, mais gotas soltas e prateadas, de chuva. E dos poderes do sol, quero contar todos os seus raios estalantes, um... por...um!

Quero me banhar, coberto por poucos trajes vestidos, em rios protegidos de mato;

Valer-me, da impagável chance de me secar sentado em suas pedras disformes, sob a luz protetora, revigorante e aconchegante deste sol;

Aproveitar para agradecer mais, me conhecer mais, me amorenar mais, iluminar..., ter e ver mais brilho, mais encanto nas coisas.

Mas se preciso for, me resumir num espectro de som e luz, e só me doar...

Quem sabe (oxalá...) ser para alguém, anteparo, clarão e caminho, abertos;

Ser menos fosco para ajudar, menos discreto, à transparecer luz natural;

Ser mais, atenção, doação, mais carinho e muito mais amor.

Só para constar, por esses dias soltei de mim todas as amarras que me escravizaram, desde sempre.

...que fizeram crer, ser possível um simples mortal que sou, a nutrir um poder, pérfido, mentiroso e soberbo, na falsa impressão de ser melhor que alguém, que todos (pois, ninguém é).

Por conta disso, me dei conta do nada que era, vendo aonde trancafiei e sei lá em que masmorras guardei os piores versos que um dia, nem sentia de mim escapar e se esparramar pelos recônditos de meu escritos.

Restaurando poemas azedos (e foram vários) e mudando o rumo de certas prosas tortas, feitas no calor da minha insensatez;

Recauchutei poesias, que antes filtravam meu veneno destilados por minha ira;

Para então, poder consertar a bússola e fazer alterar o rumo de minha poética;

Vi dessa forma que poderia chegar no meu norte ou no meu sul desejado e desfazer o teor de minhas lamúrias, à perceber a armadilha perigosa que me esperava, na ação de meus ‘meta versos’ cinzentos e descuidados.

Agora, me desnudando de meus intempestivos avessos, me corrigindo e me redescobrindo nas minhas inúmeras falhas foi que pude me reciclar, apartar-me de tantos letras doloridas e acumular mais palavras positivas, e que de fato, valham...

E assim, perceber que a vida só vai valer mais a pena se eu, antes de querer transformar os outros e o mundo, sinceramente e honestamente, mudar meu “eu; de fato!

 

Porque sempre, há tempo...

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EFLÚVIO DE ARREBOL
Enviado por EFLÚVIO DE ARREBOL em 01/06/2022
Código do texto: T7528392
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