Sob a paz

e

nuvens, do céu! 

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Não!

Não é o que vocês estão pensando... Estou em paz...verdade...

Não temo mal nenhum! Não estou triste, nem me sinto sozinho!

Sou feliz e livre, acreditem ...Livre, feito um passarinho.

Não tenho dor, nem rancor, por ninguém.

Tampouco reconheço e nem mais me enterneço, com a solidão;

Nessas alturas, não mais...

Mas como poderia, se ganhei e tenho o sol, a lua, os planetas;

...todos os mistérios, para tentar desvendar;

...as noites e todos os dias e além disso tenho por meu;

Um céu infinito cuidado por Deus, crivado de bilhões de estrelas coloridas.

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Ah! Acabei de acordar, mas preciso dizer-lhes que nessa agradável madrugada de verão, sonhei!

E querem saber, com quê...? E sobre o quê...?

Sonhei que morria... Afirmo e isso não me causou medo, espanto, nem repulsas!

Pelo contrário, me fez pensar em mim, nos outros, na vida, na verdade, em tudo. 

Nesse sonho, eu morri e morria várias! Morria de fato, e vou provar...

Talvez, não tenha se passado uma hora de aspiração!

Porém, foram estes eternos minutinhos, o suficiente para morrer,

Ao longo de um ano inteirinho! ...e de todas as formas, eu morri.

...de janeiro, à janeiro; Repito, de todos os jeitos, morria!

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A bem da verdade em janeiro, eu já estava finado

Pois havia morrido no mês de dezembro! Exatamente no Natal, do ano passado.

Morri, quando percebi que Jesus, “O Maior dos Maiores"

(um Ser sem Pecados)

...sem dever e nem ter culpas, acabava de vir ao mundo,

Estirado, atirado numa estrebaria, pra mais tarde morrer por mim,

Pregado numa cruz e por seu destino pré definido, mais que traçado.

Condenado a nascer, viver, sofrer e morrer, por mim e por todos os nossas culpas.

Em seguida, recém entrei ano novo, morto, drenado e tragado, por um temporal de verão;

Também não resisti em fevereiro, esfolado por um abrasador calorão;

Me esvai em março, levado por suas últimas águas, sem ver abril;

Em maio visitei minha mãe que faz tempo, mora lá no céu, com a Virgem Maria;

Em junho, julho e agosto, não resistindo a um forte frio, morri congelado.

Mas foi em setembro, outubro e novembro (três meses dourados)

Que fui de fato perceber e agradecer, à me dar conta, do quanto sou feliz!

...ganhei flores e pude enfim entender o sentido da vida e da morte;

...o porquê, de vir para este mundo, passar pelo que passei;

Provar de todos os sabores, dos bons e que ainda precisava debicar, também os amargos!

E só assim, depois de ser sepultado, foi que renasci para viver...

Eternamente, outra vez!

Pois...

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EFLÚVIO DE ARREBOL
Enviado por EFLÚVIO DE ARREBOL em 05/06/2022
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