Labirintos fúteis

Distante do fato,

De querer ser –

E não me tornar.

Sou uma mera humana,

Ocupando este espaço –

Tão desvalido,

Quanto a um compasso enferrujado.

As minhas aptidões,

São com as letras.

Enquanto, aos utensílios domésticos,

Atrapalho-me!

Às vezes, até me dou bem.

Mas o talento que possuo,

Sacia a alma.

Porém, as pessoas estão mais preocupadas,

É com o físico –

O que é palpável.

O alimento do corpo,

Este sim, é valorizado.

As palavras –

Perdem-se nos ouvidos.

Acabam se diluindo,

Por entre os labirintos fúteis –

Das necessidades.

Não me importo!

Algum dia –

Chegará o doce momento.

Não quero tudo!

Apenas obter o necessário,

Principalmente, o discernimento.

Para sobreviver –

A esta selva de pedras.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 13/06/2022
Código do texto: T7536805
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