Loucura diária

A minha lucidez –

Por onde anda?

Tento buscá-la –

Em meio à loucura diária,

E afazeres domésticos.

Às vezes, sinto-me tonta,

Numa espécie de corda bamba.

Os escritos –

Entorpecendo-me.

A satisfação –

Em meio à tormenta.

O refúgio –

Para encarar uma nova questão.

É tão salutar,

Manter-me distante de alguns:

Aqueles em que nada acrescentam.

Na indiferença,

Procurando o abrigo e proteção.

Naufragando no próprio eu,

Talvez num alter ego que se julga superior,

Mas nunca melhor do que alguém -

No entanto, frágil como o gelo no calor,

Julgo-me – Ninguém!

Permito-me –

Permeio-me –

Nesta busca redundante,

Por alto conhecimento.

Com a ajuda de seres invisíveis,

E incompreendidos pela humildade.

A vida –

É tão frágil em momentos atuais.

Sem saber se estaremos aqui,

No próximo segundo.

Pensar –

Escrever –

É o que me mantém minimamente sã,

Em plena discordância –

Com uma sociedade fútil,

Cheia de regras e convenções hipócritas.

Por isso, fico perdida em meio à tudo isso,

Contemplando as poesias –

Em minha mente fértil –

Nada fútil.

Desenhando nos pensamentos:

Outros episódios,

Para os fatos cotidianos.

Recriando outro enredo,

Quem sabe,

Mais interessante.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 26/06/2022
Código do texto: T7546018
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.