TRATADO DO AMOR MAIOR
A ser a batida, dadivoso estampido
Orgulha tenra carne em soar toada...
À fúfia sorte, mitigada e mística
Um embalo a cuidar de si: o amor.
Revelado e sísmico
Outorgara o gozo...
Ao meticuloso revés do "não"
Ora, vamos!
Encantai-vos com a solicitude
Jantemos a mais desdenhosa...
Hão de estar em cantos, coxos prantos
E de soslaio, o riso mudo.
Toda a noite parecia eterna!
Nem a lua brincara assaz....
Assunto supremo, urgência retida
Estávamos prestes.
Orgulhosos, imperativos
Receio de se equivocar no sal...
Olha as setas a singrar!
Pestes demolidas, pejo ardente.
Arpejo solto, em consequente
Uma nau a velejar, bombordo...
E nós na dulcíssima ribalta
Fitava-nos impronunciável céu.
Caleidoscópio giratório
Manhã de azeite...
Na tela, o sonho; o aceite
Afinal, o sentido embarcou na vida...
Quanta ventura!