TRATADO DO AMOR MAIOR

A ser a batida, dadivoso estampido

Orgulha tenra carne em soar toada...

À fúfia sorte, mitigada e mística

Um embalo a cuidar de si: o amor.

Revelado e sísmico

Outorgara o gozo...

Ao meticuloso revés do "não"

Ora, vamos!

Encantai-vos com a solicitude

Jantemos a mais desdenhosa...

Hão de estar em cantos, coxos prantos

E de soslaio, o riso mudo.

Toda a noite parecia eterna!

Nem a lua brincara assaz....

Assunto supremo, urgência retida

Estávamos prestes.

Orgulhosos, imperativos

Receio de se equivocar no sal...

Olha as setas a singrar!

Pestes demolidas, pejo ardente.

Arpejo solto, em consequente

Uma nau a velejar, bombordo...

E nós na dulcíssima ribalta

Fitava-nos impronunciável céu.

Caleidoscópio giratório

Manhã de azeite...

Na tela, o sonho; o aceite

Afinal, o sentido embarcou na vida...

Quanta ventura!

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 27/06/2022
Código do texto: T7547368
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