Reflexões póstumas!...

Gente do céu, por que tudo tende a acabar em dinheiro?!...

Recentemente, não poucas vezes eu me pego a refletir sobre o que costumava falar meu estimado amigo Renatinho, há poucos dias empobrecidamente falecido, sobre o quase constante espoucar dos relacionamentos conjugais oficiais... E assim, quase sempre, quase sou impelido a concluir que ele tinha total razão quanto ao triste fato da imensa maioria das mulheres, mesmo tendo renda própria e usufruindo de direitos iguais (em via única?), ainda encararem o casamento tradicional ou as modernas e quase sempre "abertas" uniões estáveis como um mero empreendimento (refúgio) econômico... mesmo assim sendo, em termos passionalmente amorosos, de altíssimo risco para suas próprias integridades físicas e psicológicas.

Afinal, existindo ou não dependentes econômicos legais da relação civil, qual é mesmo o gênero da autoria da esmagadora maioria das ações nas Varas de Família, tão logo findem a volúpia passional, o decantado amor e as nem um pouco parcimoniosas liberações de "bênçãos materiais" do provedor, nas recém-desfeitas uniões conjugais?

Enquanto isso, ainda no frenesi das alcovas, a multidão dOs bobalhÕes sentimentAIs - conformados liberadores de suadas verbais domésticas - continuam vendo em seus braços "apenas e tão somente" amorosa$, charmosa$ e fogosa$ parceira$ conjugai$...

Tendo estudado Direito há quase meio século, hoje em dia fico em dúvidas: Os entes de saudosa memória ainda podem ser agraciados com a prescrição (feito o que costumeiramente ocorre nos processos contra os politicos corruptos) ou extinção de pena para possíveis crimes ou contravenções penais (certamente alguém aqui lembrará o folclórico "jogo do bicho", he, he), que porventura tenham cometido?...

...Isso ainda em vida, lógico.

Mas viram só a perspicácia do meu finado amigo Renatinho? Coitado, quantas tristezas conjugai$!!!

Geeente, vou parando por aqui, até mesmo porque acabo de lembrar que eu mesmo preciso começar a checar meus saldos bancários e investimentos...

Como será isso comigo, doravante?!?

Armeniz Müller.

...Oarrazoadorpoético.

Em tempo: Para melhor entendimento contextual leiam também, por favor, minha psicodramática crônica " Eita, Renatinho! Mas que sujeitinho de sorte, sô!... " aqui mesmo, nas minhas publicações do Recanto das Letras.

Abraços.