A Caminho do Desconhecido de Cada Dia

Hoje me dei conta de como o tempo passou rápido e eu vivi tão pouco.

A cada ano, a cada dia; a cada minuto envelheço.

As vezes já não me reconheço no espelho, meus passos estão lentos, meus olhos um tanto baços e quando a brisa sopra

eu me encolho, sinto frio.

Sinto uma saudade infinita de tudo que eu fui e já não sou: a criança ingênua e pura, a menina de olhos vivazes que

observava a tudo e a todos e percebia as suas fraquezas, suas dores e também as causas. Eu via a alma das pessoas, os

sonhos desfeitos, os prantos contidos e os sorrisos vazios.

Queriam que os outros acreditassem que estavam bem, sendo que nunca experimentaram o que era "estar bem".

Nunca a fartura, sempre a fome; a seca; o sol escaldante; a doença; a morte em espreita com seu sorriso branco que

fazia arder o peito e os olhos. Então vinha o desvanecimento lento diminuindo a força, fazia-se rubro ou amarelo;

escuro; chão frio; rede; passos lentos e lamentos secos e por fim uma cova rasa coberta com terra árida , a mesma terra

de toda a sua vida estende-se em um abraço sepulcral.

A luta acabou para os que tombaram, mas o seu exemplo de coragem ficou, então......a luta continua!!!!

Tina Rosa
Enviado por Tina Rosa em 18/07/2022
Código do texto: T7562393
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