Só
Só, na multidão...
ando pelas ruas
Vagueio sem direção
vejo pessoas sem rosto
pessoas sem cores,
vazias...
em ruas frias, tão cheias de gente
ninguém me vê
Me olham e não enxergam
Mas mesmo aqui
Fico só...em meio ao barulho de vozes
ninguém sabe que aqui,
o grito é forte
Me sinto só, sempre do outro lado
... do outro lado da barreira
invisível, Intransponível, Inquebrável
E assim permaneço só
tão perto, tão longe, só do outro lado,
apenas só, nem sei quem sou
o que faço aqui, e mesmo que me toque
o toque mais suave, eu meu ser aturdido
Não estarei aqui de verdade
continuarei só nos meus (des)caminhos
... nesse desatino que é viver.