Vivendo a mutualidade das dores
O processo de mudança pessoal deve iniciar no reconhecimento das nossas falhas, tanto as cometidas por causas contextuais, quanto aquelas provenientes de eventos estigmatizantes e traumatizantes de nossas experiências humanas.
Devemos recorrer àqueles que nos querem bem, sem contudo sobrepuja-los com nossos problemas ao ponto de adoece-los ou afasta-los, sob a pena de esgotarmos nossa fonte de revigoramento.
É necessário fé e resignação aos que continuam atravessando processo de sofrimento, quaisquer que sejam suas origens, convivendo com dores lancinantes, que muita gente pretenciosamente amiga, relativiza e subestima, incapaz de uma empatia mais solícita, paciente e carinhosa.
Aos verdadeiros e sinceros amigos daqueles que apresentam seus quadros peculiares de sofrimento, pessoas que realmente percebem a dor do seu semelhante sem ficarem passivos, que tenham muita paciência com seus amigos, e que continuem orando e torcendo por eles.
Vivamos as dores uns dos outros numa mutualidade que se disponha a ajudar e cuidar, porque no final, todos sabemos em nosso íntimo que a verdade a tudo supera!