Sem paradigmas

Há noites em que me perco

e outras onde me reencontro...

Há noites de sobressalto, medo, pavor

e outras onde paira o sossego, a paz, o labor.

Há noites em que corro desenfreadamente,

sem saber pra onde ir...

e outras onde fico apenas paralisada, estática, olhando para o nada...

Há noites em que adormeço, sonho

e outras onde fico como que em vigília...

Há noites de abraços, de calor, de pele

de encontros, de reencontros e outras noites onde apenas sou Eu...

Há noites que gostaria de esquecer,

e outras só lembrar

Há noites que é perfeita calmaria, brisa no rosto,

E há noites que impera caos, ventania que agita.

Há noites que sou qualquer mulher, outros sou várias em apenas uma.

Guerreio com o tempo

Guerreio com a vida

Já fui tantas mulheres, andei em tantos caminhos, de alma única, translúcida,

Sou guerreira, sou mulher, sou menina,

Sou única, simplesmente Maria,

Há noites que sou leve como pluma, outras que tenho peso de uma espada, arrastada pelas mãos fracas, trêmulas de tantas batalhas.

Cada riso, cada lágrima, cada sentimento faz parte do que sou, sou tudo o que sinto,

Há noites que gostaria de esquecer...outras queria poder eternizar, sou a soma de toda magia que me envolve, que me ensina, sou o encontro de mim mesmo, sou luz, sangue, suor, sou paz, também sou guerra, sou o que sou...

Simplesmente Maria.

Maria Mística Heterônimo de

Andreia Oliveira Marques