Quarto solitário de Oxford

 

O beijo quente calou aquela noite fria.

E na penumbra do quarto silhuetas.

Corpos embriagados de grande paixão

A dançar, a bailar no calor da emoção.

Onde está o fetiche dos apaixonados?

 

A Distância quebrou todas às taças,

Trouxe o silêncio, a solidão e medos.

As mãos na foto da parede do quarto

Mostram a presença forte da ilusão.

 

O olhar, as linhas da testa a desperta.

Observa quantos braços sem abraços.

Falta do outro, o sedutor que não volta

Fixa os olhos para o horizonte e ver

 

O quarto cinza acordar a luz da cidade,

Olhar cinzento, nevoeiro denso, parvo

De Oxford nessa manhã na sua vida,

A hora em que acaba o conto de fadas.

 

Partículas de luz atravessou a fronteira,

Sem beijo quente, sem compaixão, só

Em busca, já do outro lado do oceano

Tudo que ela tinha realmente perdido.

 

 

Observação:   primeira poesia publicada no Recanto das Letras por mim. 

 

Publicado no Recanto das Letras em 06/08/2007