Afinal,

me diga quem tu és?

 

De que outro modo seriam possíveis, a feitura de belos poemas

Sem terem neles impregnados, tua face e a tua ilustre presença?

A quem eu, medíocre e releis poeta nos meus momentos, me socorreria

Sem tu estares perto, tu que é na proporção, o que seria para poesia...?

-A luz avivada, intensa e fulgurante, forte e aquecida

-...combustível, a moverem e a movimentarem, versos e vidas

-O tal calorzinho da chapa do fogão, a chama, o fogo e a lenha!

 

Quem mais que você (e me responda, sem falsa modéstia...), teria tantos poderes

E quem iria conter, como só tu contém, o remédio mais poderoso...?

Servido com tanto carinho, doce e amornado, num cálice d’ouro sagrado

Aquilo que por si só, já é tão belo, fantástico e encantado (a natureza)?

-O que faz ter sentido combinar nos extremos, amor e dor

-O segredo que dá a “liga", ligando ao mel, à abelha, à flor e o beija flor

-Quem tem poder além de ti, de tornar mais..., o que já é tão gracioso!

 

A quem, literalmente, todas as palavras e letras, obedecem, respeitam e interagem

E quem sempre cai tão bem, quando presentes em hinos, cânticos, cantigas e prosas?

-Naquele momento único e sublime, impagável e reconstituinte, à beira de um rio

-Numa pescaria de mansas corredeiras, rasas e serenas ou em águas de mares bravios

-A dar, a sensação exata e tão esperada, como na hora “H” do jogo, o grito de “gooool

-A satisfação inenarrável de se poder, colher e comer o puro alimento que se plantou

-Quem está literalmente no auge e implícita em todos os temas de poemas, e de amor, como no prazer de se falar da beleza e do perfume de todas as rosas!

 

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...quem mesmo?

EFLÚVIO DE ARREBOL
Enviado por EFLÚVIO DE ARREBOL em 03/09/2022
Reeditado em 03/09/2022
Código do texto: T7597408
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