Combustível da ignorância

A humanidade,

Vencendo o prazo de validade.

Descendo a ladeira,

Ao sabor da crueldade.

Totalmente perecível,

Mostrando-se substituível.

Afunilando-se estão os dias,

Descumprindo-se as regras.

Aproximando-se o momento das trevas,

Nada condiz com o que se prega.

Poucos são os que se salvarão,

Lavagem cerebral,

Para conter a massa –

Em rota de colisão,

O tiro saindo pela culatra.

Idolatrado “mito” servil,

Enchendo a linguiça –

Do Estado pueril.

Não confie em tudo o que está escrito,

Distorcidas são as figuras de linguagem.

Fazendo-se disfarçar de útil,

A grande demanda falida -

Impregnando-se de vivência inútil.

Puxando a sardinha,

Para o lado que se convém.

Nenhuma promessa cumprida mantém,

Aos “analfabetos” –

Impondo a cartilha da intolerância.

Prometendo o caos,

Espalhando o mal –

Ideias –

Ideais dissociativos.

Iminente guerra civil,

Aos seus olhos –

A coisa mais bonita de se ver,

Indescritível prazer.

A maldade reversa,

O progresso em recesso.

Queimando as matas,

O combustível da ignorância.

Vidas e mais vidas,

Ardendo sem compaixão,

Em prol de não sei o que –

Temida liberação.

Povos indígenas massacrados,

Por vil convicção.

Enquanto, dilacerados,

Por uma luta desleal -

A cada segundo é crucial.

No anseio de revertermos este momento,

Dissonante alucinação geral.

Modificar a história,

Traçar outra linha temporal na memória.

Revertendo o grande derramamento de sangue,

Impondo um fim nesta gangue.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 19/09/2022
Código do texto: T7609607
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