tardes

Efêmeras tardes vazias;
O dado, o acaso,
cheiro de mar,
Turbinas à jato cospem vento;
aviões passam pela cabeça intrépida;
Estremecem os pensamentos;
cabeças aéreas, mocidade feérica;
Cérebro seccionados,
Ei-lo trancafiado numa redoma;
sem horizontes, nem pontes;
sem portas e nem janelas;
sem passarela,
a olhar pela única janela - o mar;
o mar que foi seu um dia,
a areia que lhe foi íntima,
o céu que de tanto azul cansava a vista;
E hoje alí, numa poltrona jogado ao canto,
A esperar o porvir;
a sorrir de si mesmo;
a falar sem ter quem lhe ouça;
a dormir sem sonhos;
a acordar sem esperança;
sem saber qual o sentido de sua existência;
Labareda
Enviado por Labareda em 01/12/2007
Reeditado em 14/06/2014
Código do texto: T761031
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