Flores e bondade

Flores que, em sua infinita beleza, desabrocham na luz radiante da verdade e na docilidade da humildade

Jamais desabrocharão no chão lamacento e ar carregado da mentira e da vaidade

A inimizade é uma farpa que te injuria o corpo

A falsidade é a tão conhecida adaga que te é encravada na medula espinhal

Reis ilusórios são reis apenas em sua ilusão

Tão comuns... Também sangram ao beijo da navalha.

O toque, o abraço e o afago do coração puro onde habitam a bondade e a sensibilidade

Têm o poder de fazer almas se aquecerem em sua chama acalentadora vibrando pacificidade

Quem é você?

O que você procura?

Já parou pra observar a beleza da Lua

Ou admirar as luzes do horizonte no céu noturno?

Diante desse panorama distante

Questionamos a vida, a existência,

O futuro e o fato de estarmos inseridos numa lógica maior, conectada.

O que te motiva?

Quem são aqueles que te dão as mãos nessa caminhada?

Você também dá as mãos para alguém?

A caminhada é tumultuada, a jornada é árdua,

Decepções e lágrimas são inevitáveis.

Prefiro mais as lágrimas das risadas que fazem a barriga doer

Ou aquelas advindas da nostalgia de bons momentos.

Let brotherhood reign,

Todavia, a humanidade precisa se esforçar pra isso, penso eu.

Seja amor, seja beleza, seja bondade e virtude

Seja o que de melhor fluir de você.

Tal e qual o fluxo constante e transcendental do que há de mais belo

A pureza das palavras mais bonitas, das melodias mais harmoniosas e das cenas que retratam o majestoso aos olhos.

Delicadamente peço a visceralidade,

Ou visceralmente aprecio a delicadeza

O ser humano é uma criança que se fascina pela beleza que o cerca.

Tudo é novo, tudo é belo

E até o que não é novo, quando olhado com outros olhos,

Vibra seu encanto outrora despercebido.

Observe a presteza e doçura

Do par de mãos que te ajudam.

A mão que oferece uma rosa

Não haverá de sentir dor e ficar ao relento eternamente.

Seja amor, seja doçura,

Não há necessidade de luta

Ou guerras infinitas.

Entoar um canto sincero,

Baixar a guarda,

Abrir caminho pro que é justo

E deixar frutificar o que é bom.

Das palavras saboreio um doce néctar que me alimenta o âmago

De súbito e novamente sinto fome de expressão escrita

Ou contemplo minha própria afasia

Até que, um dia, o fogo criador que dá forma ao que escrevo

De novo ache seu caminho até mim.

(Gênnifer Gonçalves)

Gênnifer Gonçalves
Enviado por Gênnifer Gonçalves em 25/09/2022
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