As incessantes monções celestiais!

 

Quando minhas lágrimas confundem-se com os setembrinos orvalhos matinais,

Movidas pela emoção de ver dias maravilhosos, e nem saber como agradecer a tanto!!!

Quando o arrebol dourado se abre, para que o sol realize o milagre da fotossíntese, 

Quando o chão úmido e fértil é todo preparado para recepção das sementes… 

Quando o movimento é imenso, na lida diária, e as tarefas nos são bençãos “a zói”;

Quando a chuva toca o chão seco, castigado pelas incontroladas coivaras;

Quando os bichos assanhados danam, do nada, a pular de alegria… e aves pelo céu, migram em frenéticas gritarias…

Quando os primeiros brotos buscam, verdinhos, os miraculosos raios solar…

Quando o sertanejo satisfeito demais, ponteia a viola, e sua voz ecoa por aquele pedaço de mundão;

Quando a lua graciosa traz tempos de fecundação,

E o amor se espalha como dentes-de-leão;

É primavera, aproxima-se a piracema, tudo, tudo, prenúncio de um ano bom…

Nesse bucolismo e sucessões de milagres, é que podemos ver de perto Deus, numa de Suas infinitas quintessências…

E, reciprocamente, é quando Ele sorri e diz a Seu Filho: - “Não é que tudo valeu a pena…”