ANDORINHAS
Marlene Constantino
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Quando eu era criança carregava um passarinho no bolso. Corria piando pela casa, cantarolando pelos quintais da infância; mas um dia eu cresci e meu pai me perguntou: - Cadê aquele passarinho que morava no seu coração? Faz tanto tempo que não ouço? E eu, não sabia responder, apenas sorria.
Hoje eu penso:- O passarinho continua aqui comigo, no meu pensamento, nas minhas palavras, nos meus sonhos, na minha fé, nas minhas asas.
Às vezes, perde-se pelo caminho e chora, mas aprendi que é a minha função ensiná-lo a voltar, a cantar e a sorrir novamente.
Hoje os meus quintais não são tão extensos como o da infância, mas eu descobri que lá fora, muitas andorinhas existem; vão e vem não só pra enfeitar o céu, mas para consolar o nosso coração.
18/10/2022