Quantos mais

Outra vez a história se repete:

Um corpo tombado ao chão.

Alvejado –

Forjado –

Vilipendiado –

Arrancada a inocência.

A família,

A sociedade –

Pedindo clemência.

Não são ouvidos –

Os gritos.

A dor –

Transpassada na peito,

Jogada para baixo do tapete.

A carne preta –

Sangrando na sarjeta.

Um número acrescentado,

Na vil estatística.

Ordem numérica e desleal,

No lugar,

Que a vida deve ser primordial.

O curso,

Não segue natural.

Destruindo,

Passando por cima de todos.

No contraponto do retrocesso,

O caminhar –

O sustento deixado de lado,

Rotulado como marginal,

Pelo Estado.

Governantes –

Armados e cruéis.

Não tem o discernimento,

Da luta pela sobrevivência.

Desde sempre:

Armando,

Dissimulando em conchavos.

Indo por água abaixo,

A civilidade.

Entorpecendo a realidade,

Arrefecendo a verdade.

Batalhas travadas no dia a dia,

Esperando o amanhecer –

Na luz irradia.

Inconstantes são os sonhos,

Dando margem aos pesadelos.

Com a esperança do melhor,

Fortalecendo os elos.

Nesse turbilhão de energias,

Viscerais e condensadas.

É necessário a transmutação,

Para renovarmos na alquimia.

A sinergia –

A transformação –

Da conscientização.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 29/10/2022
Código do texto: T7638534
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